sábado, 28 de novembro de 2009

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
Francisco Goulão lança terceiro livro

O autor lançou o terceiro volume do estudo Instrução Popular na Beira Baixa. Uma investigação de lhe tomou longos anos

O livro Instrução Popular na Beira Baixa III foi apresentado no passado sábado, na Escola Superior de Educação. Coube a Áurea Adão, docente na Universidade Lusófona e especialista em História da Educação, apresentar esta edição que conclui uma trilogia sobre o ensino na Região.

Ao longo de mais de 170 páginas, o livro dá conta do percurso da Escola Particular Amato Lusitano (1950-1973). Uma instituição que não sendo oficial, pois não recebia quaisquer subsídios do Estado, oferecia uma formação idêntica à das escolas públicas. O autor elogia o trabalho daquela instituição, criada por iniciativa dum idanhense chamado João Folgado Frade Correia, e que formou 1.200 a 1.300 professores primários.

Francisco Goulão, ele próprio professor ao longo de quase quatro décadas, define este livro como "um trabalho que, para além de uma reconstituição histórica, pretende homenagear todos os actores desta escola".

O seu objectivo inicial era escrever sobre a História da Educação em Portugal e daí partir para um estudo comparado sobre o ensino praticado em vários pontos do Mundo Ocidental. A intenção do investigador é sobretudo comparar Portugal com outros países europeus - Espanha, França, Bélgica, Suíça, Inglaterra, Alemanha e Itália, ao nível da educação básica e da especialização.

Em vez dum retrocesso no propósito original, estes três volumes permitem "partir do particular para o geral, juntando várias peças do puzzle até se conseguir o cenário global". O estudo permitiria, por exemplo, "perceber porquê que alguns países, em tempos mais atrasados do que nós no capítulo da educação, nos ultrapassaram". Francisco Goulão explica que, de todos estes países, Portugal foi o primeiro a ter ensino público graças à iniciativa do Marquês de Pombal. "Até às invasões francesas, estaríamos na frente do pelotão", garante.

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