quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

MODESTA

MODESTA


 

Se algum dia por outro amor trocares,

O meu amor ardente,     

São tenhas dó de mim, por me deixares . . .

Tem dó de ti, somente.

B. de Passos.


 

0' bonina, tu vives tão contente

Nos verdes matizados da campina!

Teu viver tão subtil, tão atraente,

Semelha o de modesta campezina:


 

O da mulher puríssima, divina,

O da mulher esbelta, aurifulgente,

P'rá qual meu coração de amor s'inclina

Gomo o sol para a. manhã, resplandecente.


 

Como tu, ó bonina, ela é modesta...

Tu vives na fragrância da floresta,

Numa campina verde, linda e calma;


 

Ela, não! Vive humílima, sozinha,

Tal como invulnerável avezinha,

Na campina infinita da minha'alma.


 


 

1930.


 


 


 

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