MODESTA
Se algum dia por outro amor trocares,
O meu amor ardente,
São tenhas dó de mim, por me deixares . . .
Tem dó de ti, somente.
B. de Passos.
0' bonina, tu vives tão contente
Nos verdes matizados da campina!
Teu viver tão subtil, tão atraente,
Semelha o de modesta campezina:
O da mulher puríssima, divina,
O da mulher esbelta, aurifulgente,
P'rá qual meu coração de amor s'inclina
Gomo o sol para a. manhã, resplandecente.
Como tu, ó bonina, ela é modesta...
Tu vives na fragrância da floresta,
Numa campina verde, linda e calma;
Ela, não! Vive humílima, sozinha,
Tal como invulnerável avezinha,
Na campina infinita da minha'alma.
1930.
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